Balanço de 2017

Estamos prestes a iniciar nossas atividades de 2018, mas antes de começar, gostaríamos de compartilhar um pouco do que foi o nosso 2017 e as perspectivas para o novo ano letivo.

Todo final de ano fazemos um balanço das atividades, plenárias e formações que realizamos ao longo do ano. Dessa vez decidimos compartilhar um pouco do nosso balanço com vocês, colegas de curso e quem acompanha nosso trabalho, por 2 motivos principais:

  1. Transparência: para muitas pessoas nossa atuação ainda é uma incógnita. O que faz DE FATO um coletivo de extensão universitária em um Instituto de Relações Internacionais?
  2. Mudança: como comentamos no nosso último artigo do blog, 2017 foi um ano em que mudaríamos significativamente nossa atuação. Essa mudança foi baseada na opinião de parceiros, parceiras e amizades de caminhada, por isso cabe a nós compartilhar o que tiramos disso tudo.

 

“Para onde vamos? Migrações em São Paulo: rumos e desafios”

Há 1 ano realizamos esse evento, que visava pensar caminhos para a nova atuação do coletivo. Antes de tudo, queremos agradecer ao Museu da Imigração, que nos cedeu o espaço, e a todas as pessoas que estiveram presentes no evento. A colocação de cada um/uma de vocês (sem exceções) foi profundamente discutida e considerada e nos trouxe importantes reflexões.

Nós do Educar para o Mundo somos um coletivo estudantil, autogestionado, composto de pessoas comprometidas com a transformação social e com a construção de uma São Paulo mais intercultural e diversa. No entanto, somos poucas pessoas e temos que dividir nosso trabalho extensionista com atividades acadêmicas, em um contexto onde a Universidade não valoriza iniciativas de extensão universitária. Esses são os principais motivos que restringem nossos sonhos. Temos, portanto, que manter os pés no chão ao pensar em projetos.

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Evento “Para onde vamos? Migrações em São Paulo: rumos e desafios”, no Foyer do Museu da Imigração

As ideias que surgiram no evento eram excepcionais e muito bem justificadas. Devido às nossas restrições de pessoal, não conseguimos fazer um relatório completo aqui no blog, Mas cabe compartilhar algumas das opções que surgiram, caso outras organizações queiram fazer proveito. Estão elencadas algumas das sugestões no fim deste artigo.

Um dos pressupostos que consideramos fortemente para tomar nossa decisão é de que atividades de maior prazo com o mesmo grupo geram mais impacto do que atividades de curto prazo com grupos distintos. Considerando nossas restrições, decidimos que o novo caminho a tomar não era tão novo assim – na verdade, retomaríamos nossas origens.

Nos primórdios do EPM, atuamos por 2 anos na EMEF Infante Dom Henrique, no Canindé. (consulte nosso histórico ou artigos publicados caso queira saber mais) Após sair de lá, passamos a atuar em várias frentes, como explicamos melhor em nosso artigo acadêmico de 2015. Decidimos em 2017 voltar a fazer educação popular em escolas com população imigrante. Ano passado desenvolvemos um protótipo do projeto – que seria adequado de acordo com a realidade e demanda de onde iríamos nos inserir. Procuramos uma escola interessada nele, fizemos muitos contatos, mas nenhum frutificou ano passado.

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Migrações em São Paulo: rumos e desafios

Em 2016, o coletivo de extensão universitária Educar para o Mundo completou 8 anos de existência. Desde 2009, o cenário migratório de São Paulo mudou bastante: naquela época a pauta da migração e do refúgio não tinha tanta visibilidade e havia poucas instituições e coletivos que trabalhavam com essa temática, ao passo que, atualmente, muitas pessoas têm se engajado nesse universo, através de pesquisas acadêmicas, redes de militância e em sua vida social, frequentando locais e eventos protagonizados por imigrantes.

 

Considerando todas essas mudanças, este texto tem como objetivo tecer um breve panorama de como a cena da migração modificou-se em São Paulo ao longo do tempo,  mostrar quais foram as contribuições do Educar para o Mundo, apresentar o final do ciclo atual de atividades e convidar nossos/as parceiros/as a uma reflexão conjunta sobre os trabalhos futuros do nosso coletivo de extensão.

 

No início de nossos trabalhos, falar em migração na cidade de São Paulo era quase sinônimo de falar em bolivianos localizados nos bairros do Brás e do Canindé. A Praça Kantuta, onde ocorre uma importante feira cultural e gastronômica de latino-americanos, era praticamente desconhecida e nós podíamos contar nos dedos os grupos de dança folclórica que estavam sempre presentes nos eventos. Além disso, o Educar para o Mundo era um dos poucos grupos que faziam da defesa da migração a sua militância, junto com o Centro de Direitos Humanos e Cidadania do Imigrante – CDHIC e do Centro de Apoio ao Migrante – CAMI. Nesse período, começamos a pautar, com nossos companheiros, a mudança da legislação migratória e também iniciamos a articulação com os órgãos públicos responsáveis pela migração, contando com a importante atuação da professora Deisy Ventura que, com alguns de seus alunos e alunas, criou o Educar para o Mundo.

 

Nosso coletivo costuma afirmar que não tem um modelo fixo de atividades e que prefere referenciar-se pelas demandas concretas das/dos imigrantes. Isso significa que, ao longo do tempo, desenvolvemos os mais diversos tipos de trabalhos. Em 2009, durante o processo de inserção na comunidade de imigrantes latino-americanos, conhecemos os/as frequentadores/as da Praça Kantuta e a Escola Infante Dom Henrique, que tinha uma grande porcentagem de estudantes não-brasileiros e onde começamos a desenvolver atividades. Trabalhamos na escola até 2011 e realizamos, com crianças e adolescentes, oficinas de fotografia, de câmera pinhole e de animação, para dar-lhes instrumentos para contarem sua própria história. Com os adultos do Canindé, fizemos oficinas de jornalismo comunitário e sobre os direitos das/dos imigrantes. Também fizemos um pequeno documentário na Praça Kantuta, participamos da construção da Conferência Municipal de Migração, da Conferência Nacional sobre Migração e Refúgio e de diversas mesas e seminários na Universidade de São Paulo.

 

O que observamos hoje é um panorama bastante diferente daquele de sete anos atrás. Ao longo do tempo diversas ONGs e coletivos surgiram, foi criada a Coordenação de Políticas para Migrantes da Prefeitura, e os/as próprios/as imigrantes passaram a  se mobilizar mais. Nesse meio tempo, intensificou-se a chegada de refugiados/as de diversas nacionalidades, que também contribuíram para animar as redes de ativismo. Através desses novos agentes o tipo de trabalho que nós começamos desenvolvendo foi aperfeiçoado, além de áreas que nós não alcançávamos  foram sendo preenchidas. Mesmo que a cobertura não chegue a todos, hoje, imigrantes recém chegados em São Paulo têm um cenário muito mais positivo de acesso à moradia temporária, alimentação e informações sobre trabalho e outros direitos. Quanto aos imigrantes já estabelecidos, estes também deram um salto qualitativo e quantitativo em mobilização e muitos deles se encontram engajados em redes de suporte que facilitam a inserção no Brasil.

Evidentemente, ainda há muitos obstáculos para que as/os imigrantes sejam tratados da mesma maneira que os brasileiros, mas, ao fim de 2016, podemos notar vários avanços. Paralelamente aos avanços, temos notado que o Educar para o Mundo tem perdido parte do protagonismo e centralidade que tinha há alguns anos, pois as demandas dos imigrantes mudaram. Assim, após muito debate, decidimos que encerra-se um ciclo para o nosso coletivo de extensão. Consideramos que, junto a nossos parceiros, fomos bem sucedidos em preparar o terreno sobre o qual o cenário migratório se sustenta atualmente. Agora precisamos iniciar um novo ciclo que nos permita retomar relevância social, a partir das novas demandas que se colocam. Por isso organizamos um evento que servirá de paradigma da mudança, permitindo debater novas áreas de atuação para o Educar para o Mundo.

 

Convidamos a todas pessoas interessadas, sobretudo parceiros/as, amigos/as e imigrantes que cruzaram nossa trajetória nos últimos 8 anos para se juntar a nós no próximo sábado, dia 11 de março, no Museu da Imigração para o evento “Para onde vamos? Migrações em São Paulo: rumos e desafios”. Com ele propomos um debate aberto sobre o cenário da imigração e da sociedade civil nos últimos 8 anos em São Paulo, analisando as mudanças e diagnosticando as necessidades atuais. A partir dessa discussão redesenharemos as estratégias de inserção do coletivo no cenário das migrações. É um momento de debate de grande importância não só para o nosso coletivo, mas para todas as pessoas que tenham algum vínculo com o tema. Por isso, contamos com a presença e a participação de vocês!

 

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Quando? 11/3/2017, das 13 às 17h.

Onde? Foyer do Museu da Imigração (de frente para o auditório)

Visconde de Parnaíba, 1316 – Mooca, São Paulo – SP (próximo à estação Bresser-Mooca do Metrô)

Quem? É aberto ao público, mas pedimos para sinalizar presença pelo e-mail epm.guima@gmail.com para organizarmos a infraestrutura da forma mais confortável possível.
Dúvidas e informações podem ser enviadas para o e-mail acima.

Material da Roda de conversa sobre Educação Popular e Imigração no Fórum Social Mundial das Migrações 2016

No sábado 9 de julho de 2016, realizamos uma das atividades autogestionadas no VII Fórum Social Mundial das Migrações, que aconteceu em São Paulo. Conversamos sobre interculturalidade na educação e desenvolvimento de uma educação emancipadora e dialógica para imigrantes. Como prometido, disponibilizamos aqui os materiais que utilizamos para a formação, para quem se interessar em lê-los! :)

 

Base teórica – Vera Candau e Paulo Freire:

Experiência de educação popular com imigrantes em São Paulo:

Políticas públicas de educação inter/multicultural:

 

Agradecemos a todas as pessoas que escolheram e participaram a nossa atividade. Para nós o saldo foi muito positivo, esperamos que também tenha sido para vocês!

 

Esperamos poder nos reencontrar em breve em algum canto do mundo!

 

Educar para o Mundo

 

“Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo.” (Paulo Freire)

De iniciantes a egressos: EPM marca vida profissional e pessoal de seus integrantes

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Vários estudantes do curso de Relações Internacionais da USP que passaram pelo Educar para o Mundo (EPM) continuam envolvidos, direta ou indiretamente, com a questão migratória. E a experiência adquirida com as atividades do coletivo têm grande importância para a nova fase pessoal e profissional.

“O Educar é o que dá sentido à minha vida acadêmica (por que de que vale o academicismo se esvaziado de experiências e vivências?). Mostrou-me que é possível a universidade de fato dialogar com a sociedade, fazendo cumprir seu papel de local que potencialmente forme agentes atuantes na sociedade, que a questionem e a revolucionem, não sendo apenas reprodutores de uma ordem supostamente dada e inalterável”, opina Andressa Lisauskas, que entrou neste ano no EpM.

As lições aprendidas com o Educar não desparecem após o graduando deixar a universidade. Pelo contrário, muitos egressos do curso de Relações Internacionais da USP que passaram pelo coletivo ainda…

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Educar para o Mundo leva migração para a universidade e quebra estereótipos sobre Relações Internacionais

MigraMundo

Em teoria, é um grupo de extensão do curso de Relações Internacionais da USP, mas na prática seu trabalho extrapola as fronteiras da universidade – e essa é a ideia.

Assim é o coletivo Educar para o Mundo (EPM) – que começou como projeto e virou grupo de extensão que lida com educação popular e direitos humanos dos migrantes na capital paulista. E graças a essa atuação, tem papel fundamental tanto na visibilidade da questão migratória quanto na formação de pessoas e profissionais com sensibilidade para o tema.

O EPM começou em 2009, no âmbito do Centro Acadêmico Guimarães Rosa (Guima), quando estudantes de Relações Internacionais da USP juntamente com a professora Deisy Ventura fundam o então projeto “Educar para o Mundo”. Antes disso, os estudantes já vinham debatendo extensão universitária no âmbito do Guima, o que se juntou com a experiência extensionista da professora no Rio Grande do Sul.

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III Seminário Nacional Cátedra Sérgio Vieira de Mello: “O Papel das Universidades na Proteção dos Refugiados”

Começa hoje (terça, 18) o III Seminário Nacional Cátedra Sérgio Vieira de Mello, promovido pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo com o apoio do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR).  O evento terá duração de dois dias (18 e 19 de setembro) e será realizado no campus Perdizes da PUC-SP (Rua Monte Alegre, 984 – São Paulo, salas 100 e 239, prédio novo).

Com o tema “O Papel das Universidades na Proteção dos Refugiados: 15 Anos da Lei Brasileira de Refúgio”, o seminário é direcionado à comunidade acadêmica e outros públicos interessados em questões como direito internacional e legislação brasileira sobre refúgio e apatridia, assim como integração local e políticas públicas para a população refugiada no Brasil.

A programação está disponível em www.pucsp.br/IIIseminariocatedrasvm/index.html, além de documentos de referência sobre os temas. O seminário terá a presença de especialistas, gestores públicos e professores universitários. O ACNUR tem uma página na internet dedicada à Cátedra Sérgio Vieira de Mello, que reúne diversas instituições de ensino superior do Brasil. A página está disponível no site do ACNUR (www.acnur.org.br), no endereço http://bit.ly/RMzub6.

Neste ano, a Cátedra premiará os melhores trabalhos inscritos no “I Concurso Nacional de Estudos Acadêmicos”, cujo objetivo é incentivar a pesquisa, reflexão, discussão e produção intelectual sobre a questão dos refugiados, da apatridia e dos deslocamentos forçados em toda a comunidade acadêmica brasileira.

O Brasil abriga hoje aproximadamente 4.600 refugiados de mais de 70 nacionalidades diferentes. O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados é uma agência da ONU criada em 1950 com o objetivo de proteger e assistir às vítimas de perseguição, intolerância e violência. Atualmente, mais de 35 milhões de pessoas estão sob o mandato do ACNUR, entre solicitantes de refúgio, refugiados, apátridas, deslocados internos e repatriados.

Fica o convite!!!

●       Inscrições pelo site http://www.pucsp.br/IIIseminariocatedrasvm/index.html
●       Data: 18 e 19 de setembro, das 8h30 às 21h (dia 18) e das 9hs às 12hs (dia 19)
●       Local: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Campus Perdizes, Salas 100 e 239 (prédio novo)
●       Endereço: Rua Monte Alegre, 984 – São Paulo (SP)

Migração, gênero e sexualidade: olhares da mulher boliviana – 26/04, 17h, FFLCH/USP

O projeto Educar para o Mundo convida a todas e todos para um espaço aberto de formação.

Irão compor a mesa:
Laura Moutinho, professora do Departamento de Antropologia da FFLCH/USP;
e Marina Novaes, do CAMI – Centro de Apoio ao Migrante de São Paulo.

FFLCH – Prédio de Ciências Sociais, sala 108
26/04/2012 às 17h30

As identidades individuais são moldadas pelos diferentes “lugares” que ocupamos em nossa sociedade, construindo a maneira com que enxergamos a nós mesmos e a maneira com que somos enxergados pelos outros. Esses “lugares” são determinantes para a distribuição de poder e o acesso a direitos em nossa sociedade. O Projeto de Extensão Universitária Educar Para O Mundo trabalha com a temática da migração e dos direitos humanos. Contudo, em nossa atuação temos percebido que, juntamente com a condição de migrante, outras condições também desempenham função importante na formação das identidades individuais e na construção de identidades coletivas, como a identidade de gênero, a orientação sexual, a pertença racial, a origem étnica, e a classe.

O objetivo desta mesa é discutir como cada uma dessas condições pode impactar na vida das pessoas, privando-a de direitos, construindo estereótipos e gerando discriminação. A mulher trabalhadora migrante é exemplar nessa situação. Suas histórias de vida materializam o cotidiano de opressões, discriminações e dificuldade de acesso aos direitos garantidos pela Constituição. Conhecer melhor essa realidade é fundamental para pensar estratégias de luta que contribuam para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, capaz de incluir a trabalhadora migrante de maneira digna.

Borboletas no estômago

O projeto “Educar para o Mundo” tem promovido, dentre outras atividades, uma série de oficinas com estudantes da Escola Municipal Infante Dom Henrique, no bairro do Canindé, em São Paulo. As oficinas debatem direitos fundamentais como lazer, identidade, mobilidade, educação e organização; e resultarão na elaboração de uma cartilha de Direitos Humanos, escrita do ponto de vista dos alunos e dos integrantes do projeto em um processo dialógico que temos descoberto dia-a-dia. Leia a seguir o relato de Natália de Araújo, estudante de Relações Internacionais e integrante do projeto, que narra um pouco desse processo de descobertas:

Naquele dia eu acordei nervosa. Era a nossa primeira oficina para a construção da cartilha de Direitos Humanos com os alunos da EMEF Infante Dom Henrique. Era também a minha verdadeira estreia no Educar para o Mundo, pois desde o início do ano nós, “novatos”, só havíamos atuado nos bastidores. Não posso negar que eu estava com aquela sensação de que não iria dar certo, afinal, não se encontram por aí muitos grupos autogeridos, que funcionam sem o comando de um líder ou um “especialista no assunto”.

 Com alguns minutos de atraso, que mais pareceram horas, enfim a atividade começou. Tínhamos que levar os alunos para a praça Kantuta e esse foi um bom exercício de paciência, tolerância e percepção: a galera andando vagarosamente e por vezes saindo da calçada, conversando e rindo me fez  ver que existem maneiras de se portar diferentes do meu ritmo frenético e taciturno de Avenida Paulista. São coisas que a gente já sabe, mas às vezes parece que só em certas horas nós realmente percebemos.

 Uma das conversas que tivemos com os jovens serviu para mostrar para nós, calouros, que também podemos nos sair bem, apesar da pouca experiência. Mesmo com toda a confiança que nossos veteranos demonstram ter em nós, sempre pensávamos que não sabíamos o suficiente sobre o projeto ou não tínhamos uma leitura de mundo tão apurada. Mas quando me dei conta, lá estava eu conduzindo uma discussão. E acreditem, falar para pessoas de fora da academia é bem mais difícil!

 É engraçado (ou trágico, eu deveria dizer) ver o quanto subestimamos os outros. E, felizmente, nos enganamos! “Meu, essa galera, que só tem 13, 14 anos vai ter muita dificuldade para se organizar e montar uma esquete em 20 minutos.” Mas imaginem quão grande foi a minha surpresa e a minha alegria quando , em uma das apresentações, um rapazinho falou: “ nós podemos jogar bola aqui. É um espaço público e nós temos direito.”

É, acho que o Educar não está emancipando só a comunidade!

Natália Lima de Araújo

Curso “Direito à Educação: entre a igualdade e a diversidade”

Nessa quinta-feira (29/09) o “Educar para o Mundo”, em parceria com a Escola da Defensoria Pública do Estado de São Paulo (EDEPE) e a Escola Municipal Infante Dom Henrique (EMEF),  inicia o  curso de formação “Direito à Educação: entre a igualdade e a diversidade”.  Objetivamos promover momentos de formação para uma prática pedagógica que seja pautada pela promoção dos direitos humanos, à luz de questões relativas ao direito à educação, à formação e expressão das identidades e à realidade da escola contemporânea.

A primeira conferência (quinta-feira, 29/09 às 12h) será com a Profª Deisy Ventura (IRI-USP) e  a Profª Ester Rizzi (Programa ação na justiça – Ação Educativa), abordando o tema da Educação em Direitos Humanos. Continuar lendo