Quem somos

Educando para o mundo

O Educar para o Mundo (EPM) é um coletivo de Extensão Universitária do Instituto de Relações Internacionais da USP, que atua com educação popular em Direitos Humanos, junto à população migrante de São Paulo. No coletivo, a maioria é estudante do curso de Relações Internacionais, mas o Educar é aberto para qualquer pesssoa, seja ela da USP ou não. Desde o começo, temos trabalhado sobretudo com as comunidades latino-americanas da cidade, e atualmente estamos expandindo nossa atuação para as comunidades africanas.

A questão da migração tem se tornado muito visível nos últimos anos e o Educar para o Mundo teve papel essencial nesse processo, uma vez que, em conjunto com outras organizações, começou a pautar a mudança de paradigma no trato das migrações, que passou a ser vista sob a ótica dos Direitos Humanos, afinal migrar é um direito humano, que deve ser protegido e garantido. A mudança desse paradigma passa por modificar a legislação migratória brasileira, que atualmente consiste em um conjunto de leis da época da ditadura militar, tratando o imigrante como uma ameaça ao país e que, por isso, deve ser vigiado e ter sua liberdade restringida. O Educar para o Mundo trabalha arduamente com seus parceiros para modificar essa legislação e, lentamente, estamos conseguindo mobilização da sociedade e avançando na questão.

Hoje nosso objetivo principal é intervir na elaboração de políticas públicas para a população migrante, bem como trabalhar diretamente com ela, com vistas a construir conjuntamente processos emancipatórios, que envolvam valorização das culturas, interculturalidade, estudos sobre legislação migratória e organização política. Temos como principal instrumento a pedagogia do educador Paulo Freire, Patrono da Educação no Brasil.

Em nossa caminhada nunca estivemos sozinhos e sempre contamos com importantes parceiros que somam forças e se auxiliam mutuamente na luta em prol dos direitos humanos. E não poderia ser diferente, não poderíamos estar sozinhos, afinal, “ninguém educa ninguém, ninguém se educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo“. (Pedagogia do Oprimido)